Comprar ou alugar: O que vale a pena para os próximos anos?

Ter liberdade geográfica ou a casa própria dos sonhos? O que dizem os especialistas sobre o futuro do mercado imobiliário?

Em 2020, o mercado imobiliário teve a maior alta histórica dos últimos 10 anos. Segundo o portal ImovelWeb, o crescimento foi de 128% em relação aos últimos anos.

Com as novas formas de trabalho remoto, como home office, as pessoas começaram a passar mais tempo dentro de suas casas e perceberam que precisam de mais espaço para garantir não apenas o conforto, como a produtividade.

Esse foi o tema central de inúmeros portais de notícias, incluindo Exame, G1 e InfoMoney, que trazem um cenário promissor para aqueles que querem aproveitar o momento e comprarem seus imóveis.

Para quem quer comprar
Segundo Priscila Amaral, assessora de investimentos, um dos fatores que mais contribuíram para esse crescimento foi a Taxa Selic, que registrou o menor valor até hoje, de apenas 2%. A Selic é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que incidem diretamente sobre os financiamentos.

Com essa redução, os bancos conseguem aprovações com taxas facilitadas.

Além disso, o mercado recebeu inúmeros incentivos para crescer ainda mais, com a entrada de mais de 4 milhões de pessoas físicas inscritas na Bolsa Brasil Balcão (B3).

Esses novos egressos no mercado, mudaram a forma em que o mercado é feito, com o crescente interesse em Fundos de Investimentos Imobiliários (FII’s), esse volume capital que representa uma espessa fatia do mercado financeiro, são alocados em empresas de capital aberto do segmento da construção civil, permitindo um desenvolvimento pleno desse mercado.

Por outro lado, as construtoras têm atuado ativamente para proporcionar novas experiências de moradia, onde priorizam o bem estar, lazer e principalmente facilidades completas para que o futuro morador não tenha que sair da sua residência, conhecidos como home clubs.

Construção e valorização do patrimônio
Ao comprar um imóvel, em especial os pré-lançamentos, há a valorização do investimento após a sua entrega e que para o novo investidor, há possibilidades de geração de renda com a locação desses empreendimentos no médio prazo.

Foi o que aconteceu com André B. S. Castilho, empresário de 46 anos. O mesmo comprou um imóvel na região da Mooca, em São Paulo, cujo as prestações eram de R $3.476 na fase de construção. Após esse período o valor chegou a R$ 4.250 por mês, entretanto o empreendimento localizado numa das regiões mais cobiçadas de São Paulo, onde o valor médio de um apartamento como o de Carlos é de R$ 7.500/mês, Carlos afirma que o investimento valeu muito à pena, visto que além de ter mais um bem em seu portfólio de investimentos, tem uma renda extra que ajuda com os custos de manutenção dos carros dos seus dois filhos.

Trabalhe e more onde quiser
Para quem busca moradias com flexibilidade geográfica, o mercado tem sido um pouco mais concorrido, visto que como a demanda por novos imóveis aumentaram, os custos de locação acabaram acompanhando o crescimento de maneira proporcional.

Para o proprietário é um cenário de desafios, mas extremamente promissor, visto que a rentabilidade mensal ganhou um acréscimo considerável, já para o locatário, as apostas estão em imóveis que apresentam praticidade e comodidade, geralmente em localização onde o leque de serviços próximos, tem sido primordial na tomada de decisão.